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7.8
Análise de SKYHILL de Tribo Gamer

Skyhill

Lançado pela Daedalic Entertainment há cerca de uma semana, Skyhill é um jogo de sobrevivência 2D desenvolvido pelo estúdio russo Mandragora.

Em Skyhill assumimos o papel de Perry Jason, um homem que está numa viagem de negócios e que acaba por ficar hospedado no 100º andar do hotel Skyhill, uma suite VIP que acaba de receber um sistema de proteção contra ataques biológicos.

Enquanto desfruta de um momento de lazer na suíte do hotel, as notícias que passam na televisão não são nada animadoras. O mundo está em guerra e algo de terrível está prestes a acontecer. Eis senão quando Perry olha pela janela, e vê uma bomba biológica a explodir no centro da cidade. A partir deste momento, o mundo fora da suíte do hotel Skyhill deixou de ser o que Perry conhecera. As pessoas que se encontravam em locais sem proteção, acabaram por se transformar em ferozes criaturas.

Trancado na suíte em que estava hospedado mas sem nada para comer, Perry terá de descer, um a um, os 100 andares do hotel para encontrar comida e outros recursos. No entanto, os funcionários do hotel também foram afetados pela explosão, e em vez de simpáticos e prestáveis, são agora mutantes que não terão qualquer problema em atacar e matar o que lhes aparece à frente.

É neste cenário que começa a aventura de Perry Jason que, com a nossa ajuda, tentará chegar à recepção do hotel e seguir a sua vida.



JOGABILIDADE

Embora extremamente simples, a jogabilidade de Skyhill desperta vários sentimentos: curiosidade, ansiedade, recompensa e, muitas vezes, frustração e irritação... mas já vamos perceber porquê.

Em Skyhill, a saúde do personagem que controlamos é tão importante quanto a sua fome, e Perry parece ter um estômago insaciável. Cada vez se desloca entre uma e outra área, a sua fome aumenta (perdemos 1 ponto, ou 0.5 se tivermos o privilégio "Bulimia"). Ambos os fatores são apresentados em níveis que vão de 0 a 100, mas os níveis iniciais são diferentes: a saúde inicia no nível máximo, mas a fome fica-se pelos 50 pontos. Se a necessidade de Perry se alimentar chegar ao zero, tudo o que for feito a partir daí vai ser descontado na sua saúde. A juntar a isso, existem capacidades que vão sendo melhoradas ao longo do jogo - força, velocidade, destreza e precisão - que interferem na forma como o personagem utiliza as armas e ataca os inimigos. Por subida de nível do personagem, são oferecidos 4 pontos de capacidade que distribuímos da forma que entendermos.

Como já referimos, Perry Jason tem como missão descer do 100º ao 1º andar do hotel Skyhill. O 100º andar, a suíte do hotel, é a sua base e o local onde pode dormir, criar objetos e cozinhar alimentos. Daí para baixo, tudo é desconhecido e criaturas sedentas de sangue espreitam em cada canto. Cada andar está dividido em três áreas, que só são reveladas quando lá entramos: o patamar das escadas e elevador (algumas portas de elevador abrem, outras não), um quarto à esquerda e outro à direita. Em cada área existem locais de armazenamento (caixas, armários, prateleiras, etc) onde podemos encontrar (ou não) objetos, importantíssimos para a sobrevivência de Perry, que vão desde alimentos, materiais de construção básicos, armas, kits médicos a dispositivos eletrônicos e itens colecionáveis. No caso dos alimentos, há que ter atenção se estão nas melhores condições, e se os ingerirmos alimentos estragados corremos o risco de perder pontos de saúde.

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Através de um sistema de criação que é simples, mas bastante completo, podemos criar novos equipamentos, kits médicos e antídotos, ou refeições mais completas. Inicialmente, não existem muitas opções de criação. Para desbloquear novas opções, há que melhorar a cozinha e bancada de trabalho utilizando, também aqui, objetos que encontramos nos locais de armazenamento ou que criamos. Para dar um exemplo, para melhorar cozinha para o segundo nível, basta possuir um tijolo e uma vara de madeira que, por sua vez, pode ser criada com dois pedaços de madeira em bruto. A criação de armas pode ser um pouco mais complexa, principalmente as que causam mais danos. Embora existam armas que são criadas com recursos básicos, como um cano ou um martelo, as mais avançadas requerem a combinação de mais materiais, que muitas vezes são outras armas. É ainda possível melhorar a cama de forma a que o personagem recupere de forma mais eficiente enquanto dorme, ou reforçar a porta da suíte para evitar visitas indesejadas.

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Para nos movimentarmos mais depressa entre os 100 andares, podemos utilizar o elevador. No entanto, a sua utilização está limitada por quadros elétricos que estão danificados em alguns andares. Assim, quando reparamos um destes quadros elétricos (requer certos objetos ou afeta os pontos de fome), o que estamos a fazer é criar a possibilidade de utilizar o elevador mais uns 10 andares daí para baixo. Se quisermos subir diretamente para a suíte no 100º andar, temos de encontrar um cartão que nos dá acesso à mesma (normalmente, aparece nos primeiros quartos).

Mas como Skyhill não é só comer, dormir e passear de elevador, Perry Jason terá também de enfrentar os ex-funcionários do hotel, que agora são perigosas criaturas. Como o que está a cada área é um mistério, muitas vezes o que encontramos por trás da porta é algo que nos quer atacar e que temos de eliminar. O jogo oferece-nos um sistema de combate por turnos (agora ataco eu, agora atacas tu) que se baseia em probabilidades. Ou seja, existem áreas do corpo do inimigo (2 ou 3, dependendo da criatura) que temos mais probabilidade de atingir, probabilidade essa que se baseia capacidade de Perry manusear a arma que transporta na mão. Algumas armas requerem velocidade, outras força, outras destreza, e algumas várias capacidades juntas. Quantos mais pontos tivermos da capacidade que está associada à arma, mais dano vamos causar no inimigo. Existe ainda a precisão que nos permite ter mais hipóteses de atingir áreas criticas do corpo da criatura.

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Inicialmente, os inimigos que encontramos são mais fáceis de eliminar, mas à medida que descemos, os inimigos tornam-se mais poderosos. Existem diferentes tipos de inimigos: os que causam pouco dano quando atacam, os que fogem a meio do combate, os que se suicidam para nos envenenar, os corpulentos com pouca agilidade, os gigantes que ocupam o quarto todo e os bastante ágeis que são capazes de atacar várias vezes num só turno. Em qualquer altura, podemos virar as costas ao inimigo e abandonar o quarto, embora ele possa atacar-nos pelas costas. E se é bastante recompensador derrotar um inimigo e ganhar experiência, não é mesmo frustrante e irritante morrer aos pés de um inimigo após o nosso personagem falhar um par de ataques... principalmente quando isso acontece nos andares mais baixos.

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De referir ainda que podemos encontrar alguns eventos ao longo da descida, como um velhote que nos sugerem uma troca, um homem enforcado, uma sala de videovigilância, computadores com documentos valiosos, entre muitas outras situações, e dezenas itens colecionáveis como diários, gravações e fotografias, que só conseguimos colecionar ao fim de vários jogos. Para além disso, são desbloqueados privilégios à medida que alcançamos novos patamares, entre as quais podemos selecionar duas (uma passiva, uma ativa) no jogo seguinte. A juntar a isso, cada vez que começamos um novo jogo, onde temos quatro níveis de dificuldade à nossa escolha, tudo acontece de maneira diferente e a distribuição dos quatros e objetos nada tem a ver com o jogo anterior, o que faz com que não se torne maçador começar tudo de novo. Cada descida é uma experiência única e são três os finais possíveis desta aventura.

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GRÁFICOS E SOM

À primeira vista, ficamos com a sensação que Skyhill se trata de um jogo com poucos recursos visuais, demasiado simples até. É verdade que o jogo não é muito evoluído graficamente, mas terá sido mesmo essa a intenção dos seus criadores - centrar a experiência na jogabilidade para que tudo nos gráficos seja simplesmente funcional.

Assim, desde os vídeos que são apresentados como se estivéssemos a desfolhar uma revista de banda desenhada, aos objetos com um design minimalista mas que são perfeitamente reconhecíveis, Skyhill é bastante poupadinho em termos de recursos gráficos. Normalmente, a nossa tendência seria penalizar a nota do jogo devido a este fator, mas vamos ter em conta o estilo visual que a Mandragora nos quis oferecer.

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A nível sonoro, temos uma trilha sonora apropriada ao estilo de jogo com diferentes de acordo com os acontecimentos. Mais parada nos momentos mais tranquilos, e acelerada durante os combates. Os efeitos sonoros também estão adequados, embora algumas vezes não coincidam com o objeto com que estamos a interagir (não faz sentido ouvir o som de mastigar quando o personagem está a beber).

À exceção dos vídeos, os diálogos no jogo são apresentados em texto, que felizmente está também em português do Brasil.

CONCLUSÃO

Embora cumpra apenas com os requisitos mínimos a nível gráfico e sonoro, Skyhill é um jogo que nos surpreendeu pela sua profunda e cativante jogabilidade. O excelente sistema de criação de objetos, os combates por turnos que nos despertam diferentes sentimentos, e a curiosidade e desconfiança do que vamos encontrar no próximo patamar, são motivos que nos levaram repetir o jogo vezes sem conta. E o melhor é que nenhuma experiência foi igual às anteriores!


[list]9 Jogabilidade

7 Gráficos

6 Som

9 Nível de envolvência[/list]

7,75 - BOM

"um jogo que nos surpreendeu pela sua profunda e cativante jogabilidade"

Análise de PCGAMING

Fonte: Pcgaming

2 Comentários

13 Out, 2015 - 11:02

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7.8

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Comentários

DihGamer19 13 Out, 2015 12:17 0

Joguei so umas 4 vezes e desisti do jogo....
Vc fica um tempão jogando,craftando e upando as coisas pra depois morrer e perde TUDO... e a recompensa? so uns privilégios que não são muito uteis
Se pelo menos o jogo não fosse tão repetitivo com fases diferentes a cada jogada valeria mais a pena =/

Ogoshi 13 Out, 2015 11:56 0

Joguei a demo, parece ser um jogo legal, porém fácil e monótomo. Não me agradou para comprar. No máximo que posso fazer é vir de navio quando tiver com vontade.