Dead Rising 3: O jogo de zumbis em mundo aberto que todo mundo esperava
Um dos grandes destaques da conferência da Microsoft na E3 de 2013 foi também uma das grandes surpresas. Dead Rising 3 chegou estourando tudo, em um trailer que mostrava um jogo bem mais maduro do que os fãs estavam acostumados. Exclusivo para Xbox One, o game também estava disponível na feira e eu tive a oportunidade de conferir de perto tudo o que rola no apocalipse zumbi da vez.Dead Rising 3 foi exibido no formato hands-off (quando um representante joga a demo e você assiste) em uma sala cercada por zumbis de verdade, gerando o atrativo mais bacana do quase decepcionante estande da Capcom. Jason Leigh, designer criativo do título, cuidou da apresentação para esclarecer todas as dúvidas de quem estava lá dentro. Sendo assim, vamos aos detalhes.
Improvisando pela sua sobrevivência
Assim como nos outros dois jogos da série, Dead Rising 3 apresenta um personagem totalmente novo. Trata-se de Nick Ramon, um jovem mecânico que vive na cidade de Los Perdidos, no estado da California. Ramon costumava trabalhar na WrenchOrama, uma mecânica conhecida e que também era o cenário da sala em que estávamos conferindo o game.
Logo no início da demo, notamos que o jogo realmente está mais maduro. Toda a atmosfera está bem mais pesada e você realmente se sente em um apocalipse zumbi, já que sobraram apenas as ruínas de toda a cidade. Tudo está mais pesado, relembrando até mesmo o seriado The Walking Dead.
Mesmo assim, isso não significa que o jogo não terá humor, como o próprio Jason Leigh comenta. A possibilidade de criar as mais bizarras armas está de volta e agora tudo está ainda mais acessível, já que Ramon é um exímio mecânico. Com isso, você consegue misturar uma marreta com uma serra circular no meio de todo o caos, basta encontrar um lugar relativamente seguro para realizar o procedimento, que demora alguns segundos.
As armas improvisadas continuam bizarras como sempre e cada combinação improvável gera um resultado ainda mais absurdo. Mas, para criá-las, não é possível apenas deixar sua imaginação servir como guia: aqui, você precisa dos blueprints, que são como manuais de instruções para cada instrumento de aniquilação. Tais blueprints são encontradas conforme você explora o ambiente ou em determinados momentos do game.
Explorando e estourando ao seu estilo
Durante a apresentação, vimos apenas um dos quatro distritos que estarão presentes em Dead Rising 3, conforme a própria Capcom comentou. Ao que tudo indica, teremos um jogo de tamanho considerável e com muito estímulo à exploração.
Felizmente, você poderá visitar todos os locais com muito estilo, já que as roupas personalizáveis estão de volta. Temos trajes sociais, roupas casuais e até mesmo fantasias mais bizarras, incluindo uma veste de tubarão que parece ter sido retirada diretamente de um mascote num jogo de beisebol.
Além das roupas, outro fato bacana é que agora você conta com os Weapon Lockers. Esses armários armazenam todas as armas que você encontra ao decorrer no jogo, o que torna a experiência muito mais acessível. Mas, vale lembrar que todo seu arsenal ainda é descartável, ou seja, tem uso limitado durante as batalhas.
Outro fator interessante da jogabilidade é o uso dos livros. Quem já jogou os primeiros games da série deve se lembrar que a leitura aqui é muito importante, aumentando habilidades como força, vida e muito mais. E , no final das contas, você vai precisar de muita destreza, já que Dead Rising 3 conta com vários tipos de inimigos, incluindo inimigos armados e zumbis mais perigosos do que nunca. Em muitos casos, a única saída será fugir, já que enfrentar um grupo de bombeiros zumbis com armaduras e machados provavelmente vá resultar na morte de Ramon.
Por fim, quem viu a demo na conferência da Microsoft notou que, no final, tivemos uma explosão assustadora que eliminou boa parte dos zumbis. Isso é um recurso do SmartGlass e que é desbloqueado conforme o jogador progride pelo game. Além do ataque aéreo, o SmartGlass também serve para mostrar o mapa e marcar pontos de interessa, o que facilita bastante a experiência e gera uma ritmo de jogo mais dinâmico.
O grande vilão de Dead Rising 3
Não, não estamos falando de um novo Nemesis ou qualquer monstro memorável. Na realidade, Dead Rising 3 foi um dos jogos que mais me surpreendeu na conferência da Microsoft. Mas, na E3, ele também foi o que mais me surpreendeu, negativamente, quando o assunto é gráfico. Definitivamente, Dead Rising 3 não parece um jogo da próxima geração.
Temos texturas de baixa resolução, pop-ins por toda parte e as famosas "rodas quadradas" decorando o game. É até possível confundir o jogo como um exclusivo para Xbox 360 e não como um jogo de lançamento do Xbox One. É claro que temos também o lado triunfal, como os efeitos de partículas e explosões e também toda quantidade absurda de inimigos na tela. Mesmo assim, ficou um pouco atrás do que muitos ali na sala de apresentação esperavam.
Muito disso ficou evidente quando o apresentador pegou um carro — sim, é possível pilotar veículos agora — e voou baixo em direção aos inimigos. Nessa parte, tivemos algumas quedas bruscas na taxa de quadros por segundo e também foi possível notar as texturas brotando nas paredes e até nos inimigos. Vamos torcer para que tudo isso seja corrigido na versão final do game.
Dead Rising 3 é, sem dúvidas, um exclusivo de enorme potencial para quem pretende pegar o Xbox One. Além de continuar com sua essência humorística, o jogo também traz uma abordagem mais madura e ainda mais ousada para uma das franquias de zumbis mais adorada pelos fãs da zoeira. Resta esperar até novembro, data em que o game chega exclusivamente ao Xbox One.
igorlima3 22 Jun, 2013 02:03 1
lucianotuba 21 Jun, 2013 23:49 1
naruto2x2 21 Jun, 2013 20:14 2
borges21 21 Jun, 2013 18:48 2