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[ESPECIAL] A Geração Que Não Acabou – Parte 2: Wii



Na segunda parte do nosso especial sobre o melhor da geração que, na teoria, está chegando ao fim, elegemos 10 dos jogos mais imperdíveis do Wii, o console lançado pela Nintendo em 2006, o mais família de todos os tempos, o mais vendido desses últimos sete anos.

Mas também é o console dos vários excelentes jogos – ainda que seu catálogo tenha também a maior quantidade de porcarias dessa geração. O mais curioso é a quantidade de pessoas que por aí tentam jogar o Wii pra baixo, talvez por conta de sua capacidade técnica, talvez porque as third parties não deram muita bola para ele, talvez por sua popularização entre os jogadores mais casuais.

Leia também: A Geração Que Não Acabou – Parte 1: PlayStation 3

Só que eleger "apenas" 10 games excelentes lançados para o Wii foi uma tarefa bastante ingrata, porque basicamente muita coisa boa ficou de fora, como jogos sensacionais como Tatsunoko vs. Capcom, No More Heroes, Metroid Prime 3 e Mario Kart Wii, só para citar alguns. Sem mais chororô, vamos à lista:


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Fragile Dreams: Farewell Ruins of the Moon

Desenvolvido pela Tri-Crescendo, mesmo estúdio que fez Baten Kaitos e Eternal Sonata, Fragile Dreams é um daqueles jogos que quase ninguém jogou, muito menos comentou a respeito quando saiu, em 2010. Mas não muda o fato de que ele é uma das grandes pérolas escondidas do Wii. Ele conta a história de Seto, um menino que acaba de enterrar seu avô falecido e precisa vagar por uma versão pós-apocalíptica e abandonada de Tóquio.

Por mais estranho que pareça, o melhor jeito de descrevê-lo é dizer que ele é um Silent Hill "fofo", colorido e com cara de anime simpático. Ainda sim é um jogo bastante perturbador, seja pela ambientação desoladora, os monstros bizarros, os sustos e o tom bastante sombrio da história. O jogo pode não ser um grande primor técnico, mas é uma experiência que certamente vai surpreender você. (Fernando Mucioli)


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Kirby’s Epic Yarn

Kirby’s Epic Yarn é um dos jogos mais bonitos do Wii. Aliás, um dos mais belos de toda a geração, mesmo quando botamos PS3 e Xbox 360 na conversa. E não estamos falando de gráficos, não. O motivo de tanta beleza está na ideia por trás do game (e na sua brilhante execução): todo o universo de Epic Yarn e seus personagens são feitos de fios de lã e tecido.

Dessa forma, Kirby não suga os inimigos e rouba seus atributos, mas se transforma em robôs, carros e discos voadores e acaba com os monstros apenas desmantelando-os ao laçar um dos fios soltos e puxá-lo. Tudo bem que tudo é muito fácil (é impossível morrer em Epic Yarn), mas nada disso importa quando estamos diante de um jogo bem divertido, com um multiplayer local pra lá de decente e repleto de boas ideias (algumas delas até lembram o maravilhoso Yoshi’s Island). (Flávio Seixlack)


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The Last Story

O último RPG de Hironobu Sakaguchi é o sucessor de Final Fantasy que todo mundo queria, mas talvez não exatamente o que todo mundo esperava. Nada de batalhas por turnos ou grandes mapas-mundi: o negócio de Last Story é ser basicamente um Mass Effect medieval com uma bela dose de estratégia e trilha sonora composta por Nobuo Uemastu – isso, pelo menos, mantém a tradição da franquia da Square Enix.

Na aventura de Zael e Calista você controla cada um dos membros da sua equipe individualmente, organiza combinações de magias, se esconde atrás de pilastras, atira de onde o inimigo não pode te ver e pode usar o cenário ao seu favor – derrubando pontes e coisas do tipo. É uma experiência diferente do que se espera de um RPG japonês, mas bastante empolgante mesmo assim. Last Story é um dos grandes jogos do gênero nessa geração – só não espere muito dos gráficos ou da dublagem em inglês, que ficou bem ruim. (Fernando Mucioli)


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The Legend of Zelda: Skyward Sword

Esse aqui costuma dividir opiniões (até mesmo no Kotaku Brasil), mas não dá pra negar que Skyward Sword é um jogo belíssimo do começo ao fim. Claro, talvez ele realmente não tenha o mesmo impacto dos Zeldas mais clássicos, mas ainda assim entrega uma jornada fascinante e cheia de detalhes de encher os olhos.

Por mais que o visual tenha ficado mais ou menos no meio do caminho entre Twilight Princess e Wind Waker, ainda acho que esse é um dos jogos mais bonitos do Wii. The Legend of Zelda: Skyward Sword é também o game que faz o melhor uso do Wii MotionPlus, o sensor de movimento que deixa o Wiimote ainda mais preciso, além de ter alguns dos acessórios mais legais dentro da série. (Flávio Seixlack)


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Super Mario Galaxy 2

Super Mario Galaxy talvez seja a expressão definitiva do Wii e de tudo o que ele representou durante seus sete anos de vida. Não apenas por ser o grande jogo do Mario dessa geração, que acaba sendo naturalmente o mais lembrado em qualquer console da Nintendo, mas por ser sublime e inovador em todos os aspectos.

Explorar o espaço com nosso encanador favorito é emocionante do começo ao fim. Super Mario Galaxy (especialmente o 2, que consegue ser ainda melhor e mais completo) evoca o que há de melhor em jogar videogame. Das maravilhosas músicas orquestradas até os gráficos coloridos e alegres, passando por mecânicas simples e intuitivas, esse é um daqueles jogos em que o mero ato de apertar botões e sentir as respostas pode ser delicioso. (Marcus Oliveira)


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Super Smash Bros Brawl

Ver Mario e Sonic se esmurrando até a morte nunca vai enjoar. Coloque também um Solid Snake e dezenas de outros personagens da Nintendo, e entendemos porque Super Smash Bros Brawl é um dos jogos mais divertidos de se curtir entre amigos no Wii.

Apesar de não mexer muito na fórmula básica da série que surgiu no Nintendo 64, Brawl vem muito mais cheio de recheio do que seus antecessores. O modo Subspace Emissary oferece uma campanha solo divertidíssima com uma histórinha simpática, e os vários segredinhos espalhados pelo jogo fazem você sempre voltar para mais.

Mesmo sem um modo online robusto (malditos Friend Codes), Brawl tem um dos melhores multiplayers do Wii, e garantiu algumas das maiores diversões em festas e reuniões de amigos que eu poderia pedir. E quero ver alguem vencer minha Zero Suit Samus. (Marcus Oliveira)


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Wario Ware: Smooth Moves

Você não precisa de grandes mecânicas e histórias complexas para fazer um bom jogo. Crie centenas de mini-games que podem ser completados em menos de três segundos com um movimento do Wiimote, e você terá algo tão incrível, divertido e viciante quanto qualquer RPG de alto nível.

Smooth Moves é o jogo de festa definitivo. Mais do que Wii Sports, Mario Kart ou Smash Bros. Mais até mesmo do que qualquer Just Dance. Esse é o jogo que você coloca para rodar quando todo mundo já está bêbado e desanimado, e o resultado sempre é o mesmo: todos chorando de rir das coisas ridículas que Wario Ware nos obriga a fazer.

Ah, a criançada adora, também. É uma ótima maneira de distrair sua irmã pentelha por horas e horas. (Marcus Oliveira)


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Wii Sports

Um dos momentos mais emocionantes da minha vida ocorreu às 3 horas da manhã de uma quarta-feira de inverno, em 2008. Depois de passar praticamente um dia inteiro jogando Wii Sports, finalmente consegui fechar uma partida de boliche com 100% de aproveitamento, e estava me sentindo um herói. Mesmo que só no virtual.

Esse era o único jogo que todo dono de Wii tinha, já que vinha diretamente na caixa. Era uma demonstração perfeita do que o console da Nintendo podia fazer, como Super Mario 64 foi à sua época, mas sem toda aquela ostentação que rolava com o encanador em 3D – era uma pegada mais simples e direta. Era a primeira vez que muitos jogadores tiveram a sensação de que seus movimentos na vida real poderiam ser reproduzidos (mesmo que não exatamente) dentro de um game.

Wii Sports não era um jogo complexo, ou com gráficos impressionantes, ou mesmo memorável na história do videogame. Mas ele conseguia resumir com um charme impressionante tudo o que o Wii representava: diversão honesta e duradoura, sem mesmo que você percebesse o tempo passar. Só não posso dizer que era um jogo ideal para quem não gosta de sentir os músculos do corpo inteiro doendo. (Pedro Falcão)


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Xenoblade Chronicles

A série "Xeno" tem uma trajetória bem interessante: nasceu no PSone, meio como uma prima distante no grande lar que era a Squaresoft. Depois foi para a Namco, virar rival de Final Fantasy. Depois o criador sofreu um golpe de estado, deixou o estúdio que fundou, mas voltou para acabar a trilogia. E aí resolveram continuar a saga no Wii. Não que Xenoblade esteja na mesma cronologia que Xenogears e Xenosaga, mas o espírito está aí.

O lado bom é que esse RPG de linhagem estranha é bacana em todos os aspectos possíveis – e aqui excluímos a parte visual, da qual o próprio Wii é o culpado. O combate mistura turnos, estratégia e tempo real em um sistema bastante divertido, a história começa simples, mas vai surpreendendo no decorrer do jogo, e a trilha sonora é um negócio sublime: não tem como errar se você combinar Yoko Shimomura (Kingdom Hearts) e Yasunori Mitsuda (Chrono Trigger). Foi com muita relutância que a Nintendo decidiu trazer Xenobalde Chornicles para o Ocidente, mas o esforço valeu bastante a pena – pelo menos para os jogadores. (Fernando Mucioli)


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Zack & Wiki: Quest for Barbaros’ Treasure

O começo de vida do Wii veio junto de uma leva de jogos feios, esquisitos, que não funcionavam direito ou tudo isso junto. Curiosamente um dos que fugia à regra era um adventure desenvolvido por uma empresa que não tem tradição alguma nesse tipo de game: a Capcom.

Zack & Wiki é a aventura de um pirata-mirim e seu macaco dourado que vira um sino (?) atrás de tesouros espalhados pelos mares. Cada fase da história é um grande quebra-cabeça a ser resolvido e você usa o sensor de movimento do WiiMote para puxar blocos, girar manivelas e executar várias outras ações. Tem até alguns puzzles musicais que usam temas clássicos de outros jogos da Capcom, como Ghouls’n Ghosts. É um game simples, inteligente, colorido, divertidão e descompromissado, mas que usa bem os recursos do Wii. Ele ficou meio perdido no limbo do começo da geração, mas ainda vale a pena ir recuperá-lo. (Fernando Mucioli)

Fonte: Kotaku

Comentários

25 Out, 2013 - 09:49

Comentários

jrhardcore 25 Out, 2013 18:52 1

Peguei um Nintendo Wii e estou gostando demais, tem muito jogo bom Wii.

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