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A volta das corridas futuristas: Como os jogos indie estão trazendo de volta um gênero esquecido

A morte e o renascimento dos jogos de corrida futurística

Graças a desenvolvedores independentes, o futuro daqueles que não aguentam mais simuladores realistas de corrida pode ser mais animador do que se imaginava


Houve um tempo em que jogos de corrida não eram apenas sobre simulação, realismo e seriedade. Talvez pela dificuldade de reproduzir a realidade, somada à influência dos jogos arcade, jogos de corrida despretensiosos e experimentais, muitas vezes classificados apenas de "futuristas", existiam talvez em maior quantidade àqueles que seguiam a linha do realismo: F-Zero, Megarace, WipEout, Extreme-G, San Francisco Rush e Star Wars Episode I: Racer eram extremamente populares para suas épocas. Seja com loopings, campos anti-gravitacionais, saltos acrobáticos e armas destrutivas, estes jogos marcaram os videogames nos anos 90 com suas mecânicas criativas e experiências velozes e impactantes. Hoje, eles são apenas boas lembranças.

Aparentemente, os jogos de corrida atuais que valem o investimento, na visão das grandes publishers, são aqueles que atingem o grande público, e para isso, parece ser preciso ter carros licenciados, cenários recriados a partir de cidades reais e uma experiência minimamente realista. Os poucos que tentaram desviar dessa rota falharam miseravelmente nas vendas, como os excelentes Blur e Split-Second, que acabaram por sepultar seus estúdios britânicos, respectivamente Bizarre Creations e Black Rock Studio, especializados em jogos de corrida.


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Outra grande perda recente para o gênero foi o SCE Studio Liverpool, a saudosa Psygnosis, comprada pela Sony após o sucesso estrondoso de WipEout (que ajudou a deslanchar o PlayStation), mas fechada em 2012. Do lado de fora deste cemitério de estúdios ingleses especializados em jogos de corrida estão os igualmente ingleses Evolution Studios, também da Sony, que trocaram a corrida frenética de Motorstom pelo simulador de corrida realista DriveClub, para PlayStation 4, e a Sumo Digital, responsável pelo "Mario Kart" da Sega, o Sonic & Sega All-Stars Racing Transformed.

Mas antes de lamentarmos a morte dos jogos de corrida futurísticos, basta olhar para a produção independente para notar que há uma esperançosa luz no fim do túnel - uma neon, fluorescente, acompanhada de melodias sintetizadas e batidas eletrônicas (de preferência, que não sejam de dubstep coxinha).

Assim como têm feito com outros gêneros decadentes, como o de terror, os desenvolvedores independentes estão trazendo de volta os jogos de corrida futurísticos, adicionando no processo elementos criativos e experimentais pelos quais eles são conhecidos.




Thumper é um dos jogos que devem animar qualquer órfão do gênero. Em desenvolvimento pelo novo estúdio DROOL, fundado por ex-funcionários da Harmonix (que já brincaram com o gênero de corrida futurista em Anti-Grav, uma interessante mescla da experiência musical do estúdio com controles baseados em movimentos do EyeToy, novidade para a época, anos antes da chegada do Wii e do Kinect), Thumper poderia ser descrito como um WipEout saído da mente de H. R. Giger, o artista plástico suíço, conhecido pelo seu trabalho em Alien: o 8º passageiro.



No jogo, previsto para 2014, para plataformas ainda não definidas, você é uma espécie de besouro metálico do espaço que desliza em alta velocidade por pistas alienígenas, saltando sobre tentáculos e esmagando insetos invasores pelo caminho. Se a velocidade hipnotizante, o visual metálico/orgânico e a esquizitice alienígena de Thumper forem demais para você, tudo bem. Existem outros racers vindo por aí.

Distance, financiado coletivamente através do Kickstarter, parece ser tudo o que San Francisco Rush sempre sonhou em ser. Sucesso espiritual do freeware Nitronic Rush, que já era assumidamente inspirado no adorado jogo da Midway, Distance é um jogo sobre carros que pulam, voam e correm tanto em superfícies verticais quanto horizontais, em pistas repletas de armadilhas, como serras giratórias e lasers capazes de partir seu carro em dois.




Ambientado em cidades abstratas que parecem ter saído de Tron, Distance mistura exploração em um mundo semiaberto e corridas contra o tempo. As partidas multiplayer online e em tela dividida vão além das corridas tradicionais, com modos de realização de acrobacias e captura de bandeira. Você poderá jogar Distance quando ele chegar ao PC, Mac e Linux, via Steam, onde, inclusive, já foi aprovado no Greenlight.

Dyad, disponível para PlayStation 3 (via PSN) e PC (via Steam) é outro jogo que, embora não se enquadre necessariamente no gênero de corrida (ou talvez, em gênero algum), ele traz velocidade suficiente para agradar os antigos fãs das corridas futurísticas devido seu experimentalismo, ultravelocidade, psicodelia e dificuldade elevada. A experiência audiovisual única, acentuada por uma trilha sonora eletrônica e visuais mutantes, que se transformam conforme as ações do jogador, somada às mecânicas técnicas, colocam o jogador em um estado quase meditativo de concentração.


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Distance, da Refract Studio, está em fase beta e deve chegar em 2014, para PC, Mac e Linux (no Steam).

Fonte: Arena/Ig

Comentários

16 Nov, 2013 - 18:25

Comentários

JohnySonny 17 Nov, 2013 02:02 0

Se Distance tiver mesma jogabilidade de Nitronic Rush a compra estara garantida :D

maki137 16 Nov, 2013 22:53 0

Distance, me lembrou aquelas animações do Hotwheels

Randomico 16 Nov, 2013 21:58 0

Gosto muito de jogos assim. Carros futuristas em corridas com sensação de velocidade absurda, onde mal da tempo de reagir. Bom demais. Saudades de F-Zero.

buiusemluxo 16 Nov, 2013 21:55 0

GalaxyDev escreveu:Ótima matéria, produtores indie são os únicos que tem coragem de inovar hoje em dia


e tambem nao tem grandes expectativas por parte dos fans, depois que passei a comprar games no steam conheci centenas de estudios que nem sabia que existia

sephiroth0 16 Nov, 2013 21:54 0

GalaxyDev escreveu:Ótima matéria, produtores indie são os únicos que tem coragem de inovar hoje em dia

E estão se dando bem.

LucskyD 16 Nov, 2013 20:49 0

Eu criei um conceito de jogo assim, que na boa, acho que renderia alguns milhões, gostaria se eu tivesse capacidade,tempo e orçamento suficiente para realizá-lo.

GalaxyDev 16 Nov, 2013 18:43 7

Ótima matéria, produtores indie são os únicos que tem coragem de inovar hoje em dia