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Como Counter-Strike: Global Offensive conseguiu se reinventar

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Quando Counter-Strike: Global Offensive foi lançado, em agosto de 2012, jogadores de CS em todo mundo mal podiam acreditar. Fazia quase oito anos desde que Counter-Strike: Source havia saído e a ideia de um novo CS foi, talvez, um pouco demais para os fãs compreenderem.

Mas embora Global Offensive fosse uma divertida adição ao catálogo da série, era muito parecido com CS:S, a ponto de muitos jogadores simplesmente descreverem o jogo como um "CS:S com visuais melhores". Como resultado, aquela animação do início morreu rapidamente e aqueles jogadores voltaram a jogar o CS:S e o original, 1.6, onde se sentiam mais confortáveis.

Mas vendo o último balanço na Steam, você vai ver que Global Offensive é agora, de forma consistente, o segundo game mais jogado (atrás de DOTA 2, é claro). Com 130 mil usuários simultâneos por dia, e subindo, CS:GO não é apenas o mais popular Counter-Strike de todos, mas também o jogo de PC mais popular de todos os tempos.

Mas o que diabos aconteceu? A resposta é simples: Global Offensive já recebeu mais de 60 atualizações desde seu lançamento. Esses updates vão desde alterações grandes e complexas até a adição de novos mapas e recursos. Vou mostrar abaixo como Global Offensive deixou de ser um mero CSS 1.5 para ser a experiência mais completa da franquia.

A grande atualização que melhorou a competitividade



Quando CS:GO foi lançado, a competitividade era bastante baixa, a tal ponto de muitos jogadores acharem mais fácil encontrar servidores dos jogos via IRC do que usar mecânicas do matchmaking do próprio jogo.

A Valve, ciente disso, implementou em outubro de 2012 um novo sistema de matchmaking. Esta funcionalidade tornou muito mais fácil para os jogadores se juntarem com um grupo de amigos e começar um jogo mais competitivo. É claro que este sistema foi aperfeiçoado inúmeras vezes desde sua primeira atualização, mas foi o impulso inicial para o CS:GO transformar o seu futuro para melhor.

Nesta altura, o antigo Rating ELO também foi substituído por um novo sistema baseado em grupos de habilidades. Assim, uma vez que você ganha dez jogos competitivos, o jogo te coloca em um novo grupo de habilidade e baseia sua próxima partida na posição que você tem no ranking. Desde que surgiu, podemos dizer que o sistema de matchmaking em CS:GO é atualmente um dos melhores que você pode encontrar em jogos online, constantemente colocando os jogadores em partidas bastante acirradas.

Revisão de menus e armas



No início de 2013, as armas de CS:GO foram completamente reformuladas. De repente, algumas características como o poder e o coice das armas foram alteradas com base no feedback de jogadores profissionais.

E foi uma mudança muito bem-vinda. Muitas das armas mais oscilantes do jogo agora haviam ficado firmes e sensíveis, enquanto algumas das mais apelativas, como a P90, não eram mais tão fortes assim. As experiências com armas por parte dos jogadores tornou-se um grande negócio no jogo e não vimos mais grande parte das pessoas usando as mesmas armas o tempo todo.

E não foram apenas as armas que experimentaram a mudança. O sistema de menu foi totalmente modificado e, de repente, era possível você encontrar o que realmente queria em CS:GO, incluindo começar partidas online com maior facilidade.

As oficinas e a mudança nos mapas de resgate



O início de 2013 foi uma época com muitas novidades para CS:GO. Em fevereiro, a atualização que permitia aos jogadores criarem e modificarem os mapas chegou ao jogo. Isso facilitou a vida de modders, que agora podiam expor sua criações, e de jogadores, que podiam encontrar, baixar e votar em seus mapas não-oficiais favoritos. Isso viria a ser muito importante para a atualização das funcionalidades no final do ano.

Um mês depois, a atualização para os mapas de resgate foi revelada. Até este ponto, as partidas mais competitivas eram jogadas em sua maior parte nos mapas onde um time tinha de plantar a bomba e outro desarmá-la, já que o sistema de reféns de CS: GO era bastante ruim. Com este update, os mapas de resgate se tornaram candidatos viáveis a partidas competitivas.

Isso foi graças a várias criticas aos conceitos iniciais. A partir dali, os jogadores tinham que levar os reféns até o final, dificultando a sua visão e velocidade. Porém, apenas um refém tem que ser resgatado e foi dado um tempo adicional quando se consegue pegar um. Após uma década de mapas de resgate sendo apenas um modo casual, foi incrível vê-los competitivos.

Hora de algum retorno



Abril do ano passado viu o começo de algo maravilhoso: CS:GO Operation. Primeiro veio Operation Payback, uma atualização paga que deu aos jogadores acesso a uma seleção de mapas criados pelos próprios usuários e também um espaço competitivo.

Agora, isso pode soar estranho para quem não é jogador, mas por que você pagaria por mapas em um tempo limitado se você pode baixar de graça, afinal? Essa foi a maneira da Valve fazer uma curadoria daqueles mapas projetados pelos usuários e dar aos jogadores mais hardcore o sentimento de se sentir parte da comunidade. A exclusividade de ser capaz de jogar estes mapas de forma competitiva foi a cereja do bolo.

Como se vê, o sistema de Operation tem sido um grande sucesso, e mais dois – Bravo e Phoenix – foram lançados desde então. O que é legal de ver é que, enquanto Source era resumido quase que inteiramente em Dust2, Operations tem ajudado a série a afastar o problema com o clássico mapa. Eu nem me lembro a última vez que joguei na Dust2, graças a todos esses novos mapas inteligentes e bonitos.

A corrida armamentista



Quando a atualização para o comércio de armas foi lançada, em agosto de 2013, um ano depois de CS:GO sair, alguns jogadores estavam hesitantes. O update introduziu o Steam Marketplace em Global Offensive, muito parecido com o que Team Fortress 2 havia feito, exceto que em vez de comprar e trocar alguns chapéus, tudo se tratava de armas e skins.

Como sabemos agora, este foi a única grande atualização que CS:GO teve até agora. Centenas de armas agora são vendidas e comercializadas a cada segundo através deste mercado. Para estimulá-lo, armas são disponibilizadas no cenário depois de partidas, competitivas ou não.

Lentamente, os jogadores deixaram de ignorar aquelas armas multicoloridas e facas chamativas e passaram a ver este sistema como a melhor maneira de se definir como um jogador de Counter-Strike. Eu estava simplesmente feliz por finalmente ter a opção de mudar o nome da minha P90 para "The Spray90″.

O Boom de fevereiro



Se você pensava que a equipe por trás de CS:GO já tinha feito de tudo, estaria completamente errado. Fevereiro deste ano viu toneladas de grandes atualizações para o jogo, incluindo Operation Phoenix, dois mapas gratuitos, um sistema de adesivos para as armas e algumas armas que são capazes de mudar o jogo.

A CZ75-Auto pode ser estranha, mas é incrível. É a primeira vez que temos uma pistola automática para Counter-Strike. Extremamente barata, ela é perfeita para uma rodada que o jogador pretende economizar para comprar algo melhor depois. No entanto, ela só vem com 24 balas e isso desaparece em apenas duas rápidas rajadas. A CZ75-Auto é maravilhosamente tática nas mãos certas, é tudo uma questão de matar alguém e roubar sua arma.

Enquanto isso, Overpass e o retorno de Cobblestone são mapas que nos deixam contentes, enquanto clicar com o botão direito permite que os jogadores arremessem a granada de forma rasteira, uma adição bastante subestimada para o arsenal de CS.

Counter-Strike: Global Offensive pode ter tido seus problemas quando lançado, mas graças a uma equipe de desenvolvimento que estava totalmente focada, fez o jogo que seus fãs mereciam. Agora, estamos nos deparando com um dos mais incríveis shooters online já lançados.