Vivo deve pagar R$ 50 mil para indenizar funcionária que se recusou a mentir para clientes
Se você já tentou adquirir um plano pré-pago em loja de operadora, talvez tenha recebido alguma sugestão para levar um plano pós ou controle. Mas algumas lojas vão além e mentem para o cliente, dizendo que o sistema do pré-pago "saiu do ar". E a Vivo está envolvida em um caso judicial sobre esse assunto.
Uma funcionária da loja da Vivo no shopping Iguatemi, em Porto Alegre, se recusava a mentir que o sistema estava fora do ar quando clientes queriam comprar um plano pré-pago. Por isso, seus colegas a tornaram motivo de chacotas e de ofensas. Isso lhe causou estresse e ansiedade, e ela ficou afastada do trabalho. Um dia após voltar da licença médica, a funcionária foi despedida.
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS) entendeu, por unanimidade, que isso é assédio moral e ainda viola a liberdade de consciência da funcionária – um direito protegido pela Constituição. Por isso, a Vivo deve pagar R$ 50 mil de indenização, mais os salários correspondentes a 12 meses de emprego, a que ela teria direito por causa da doença ocupacional.
A Vivo já avisou que vai recorrer da decisão.
O caso ganhou força com a reclamação que um cliente enviou à loja da Vivo. Ele queria comprar um celular no pré-pago, mas o atendente disse que o sistema estava fora do ar. No dia seguinte, ele tentou de novo, mas o sistema ainda "não funcionava".
Vendo isso, a funcionária resolveu atendê-lo e realizou a venda. Então aconteceu algo horrível: na frente do cliente, os colegas e o próprio supervisor da loja começaram a criticar a funcionária. Ela teve que sair mais cedo no dia.
Em sua decisão, o juiz Marcos Fagundes Salomão diz que o depoimento do cliente confirma "a prática de dar menos atenção a clientes que queiram habilitar planos pré-pagos, porque a venda desse tipo de plano não aumenta a remuneração dos vendedores e não é estimulada pela operadora".
Salomão explica que nenhum trabalhador renuncia aos seus direitos fundamentais – os garantidos pela Constituição – ao firmar um contrato de emprego. Ou seja, por lei, nenhum funcionário é obrigado a praticar uma conduta que seja contrária à sua convicção pessoal – pois isso viola a liberdade de consciência. O caso foi agravado, é claro, pelos constrangimentos que a funcionária sofreu, e que afetaram sua saúde.
A Vivo diz em nota que "cumpre a legislação em vigor, e que irá interpor Recurso de Revista ao Tribunal Superior do Trabalho visando a modificação de tal decisão" – isto é, vai recorrer.
BanzaiOne 02 Ago, 2014 06:07 0
Outro ponto que acontece muito: seu chip pré pago queima e você quer fazer o resgate de um novo chip com o mesmo número. As lojas falam que só da para resgatar o número se for em um chip controle, porque pré pago está em falta no momento. A grande maioria faz isso.
Brynko-dgs 02 Ago, 2014 04:02 1
Quanto a essa de bully se é comigo tomava justa causa, mas quebrava um nariz antes de sair.
patrikoliveira 01 Ago, 2014 22:12 0
alex64 01 Ago, 2014 20:32 0
leosenin 01 Ago, 2014 19:31 0
Todo o processo é sigiloso e não pode ser revelado, e na carteira de trabalho não pode conter nada que discrimine um ex funcionário, então se ate mesmo a vivo não tiver um bom sistema de cadastro de funcionários ela poderia sim ser recontratada, mas geralmente as matriz mantem um ótimo cadastro e não recontratam ex funcionários, mas ficar marcada pra outras empresas não vou falar que é impossível mas é ilegal e geraria outro processo!
vladslav 01 Ago, 2014 18:49 0
eu só queria deixar claro no seu comentario a palavra PODEROSOS por que no brasil há uma mania de achar que todo empresario é ladrão e milhionario.O que passa é a maioria dos casos trabalhista são injustos,ilegais e com indenizações totalmente descabida.e depois não se sabe por que se abre tão poucas empresas no brasil, por que as pessoas não querem investir e tantas empresas fecham o brasil vive essa *****...e se vocês querem saber "seu patrão" não vai se *****,saber por que? por que se ele foi capaz de ser seu empresario, ele é capaz de ser um gerente,um executivo ou mesmo passar em um concurso,sabe por que ? por que ele CORRE ATRÁS!!!Nem todo empresario nasceu rico,nem ficou rico ilicatmente.
vladslav 01 Ago, 2014 18:43 1
Ezameru 01 Ago, 2014 13:41 2
zZAndersonZz 01 Ago, 2014 13:23 1
Pois bem, foram anuladas, http://olhardigital.uol.com.br/noticia/justica-desobriga-operadoras-de-ampliar-promocoes-para-usuarios-antigos/43374, não tem jeito mesmo, quando tentam melhorar alguma coisa sempre vai ter algo pra dar errado!
Pallas 01 Ago, 2014 13:07 2
E sobre o recurso, se os desembargadores julgarem que eles são cabíveis, eles são, nisso aí não podemos nos meter. Agora se a funcionária estiver certa, a Vivo vai pagar a indenização e ****-se, imaginem o que é R$50.000 pra uma empresa como a Vivo..
shadowha 01 Ago, 2014 12:44 2
O ruim é que essa funcionaria pode ficar com a ficha suja pelo resto da vida por causa de uma empresa porcaria que vai dizer que ela é uma má funcionaria.
weluzai 01 Ago, 2014 12:39 1