Ex-prefeito de Nova York defenderá Activision no processo do ex-ditador
Em julho, Manuel Noriega, ex-ditador do Panamá, abriu um processo contra a Activision alegando que a produtora utilizou sua imagem para criar um dos vilões em Black Ops II. Hoje (22), a empresa enviou um comunicado chamando de "absurdas" as alegações feitas por Noriega e afirmando que nenhum dinheiro será dado a um "assassino convicto".Rudolph Giuliani, advogado e ex-prefeito de Nova Iorque, é o porta-voz e defensor contra a ação movida por Noriega. O político não economiza críticas ao ex-ditador: "O ataque de Noriega sobre os direitos de Call of Duty não é nenhuma surpresa se formos considerar que ele é um tirano fora da lei que passou por cima dos direitos de seu próprio povo."
Em 1989, Noriega foi derrubado por tropas norte-americanas depois que seus laços com o governo dos
Estados Unidos e com a CIA, companhia de espionagem americana, foram desgastados em um conflito interno que o Panamá passa desde que Noriega assumiu o posto de comandante das forças armadas. Em sua acusação, a defesa do militar alegou que "o denunciante foi retratado como um antagonista, culpado por vários crimes", e de que o jogo estava utilizando sua imagem indevidamente.
Giuliani afirmou que "incrível que Manuel Noriega, um ditador publicamente conhecido e que está na prisão pelos seus crimes hediondos, está bravo por ser retratado como um criminoso e inimigo de Estado em Call Of Duty. Simplesmente, é um absurdo". Na época da invasão, Noriega foi classifcado como traficante de drogas e condenado pelo tráfico de maconha e cocaína.
Na época, o conflitou matou mais civis panamenhos do que militares norte-americanos. Vale ressaltar que o Panamá é sede do Canal do Panamá, uma via marítima construída há exatos 100 anos e essencial para a transação comercial entre o hemisfério sul e norte.
Caso a Activision perca a ação, Giuliani afirma que os esforços de Noriega trarão para várias figuras históricas e "políticos - e seus herdeiros - um direito ao veto sobre suas aparições em obras de arte". O ex-prefeito é um dos conhecidos por endurecer a política de combate ao crime em Nova Iorque no anos 90, operação que ficou conhecida como "Tolerância Zero".