Uma garota de 12 anos expôs o custo escondido para se jogar com um personagem feminino
Maddie Messer, uma menina de 12 anos, é fã do endless runner Temple Run. Ela passa horas jogando Temple Run e outros jogos do popular gênero para celulares com as amigas. No entanto, Maddie ficava incomodada porque o jogo só permitia que ela jogasse com um personagem homem — para jogar com uma personagem mulher é preciso desbloqueá-la e para isso é necessário dedicar horas no jogo, acumulando os pontos necessários para o desbloqueio, ou pagar um valor para fazer isso de imediato. Em alguns casos, esse valor não é exatamente pequeno.
Maddie pesquisou os 50 endless runners mais populares da App Store. Jogos como Jetpack Joyride e algumas versões de Temple Run, e foi aí que ela se surpreendeu: dos 50 jogos, apenas 5 ofereciam personagens femininos de graça. O restante dos jogos, ou não vendiam personagens mulheres ou cobravam valores exorbitantes — para se ter ideia dos valores absurdos que são cobrados, o jogo "Temple Run Oz", um endless runner com personagens da Disney, cobra US$ 29,97 para você jogar com Elza, de Frozen, a única personagem feminina da lista. E este nem é um jogo grátis, "Temple Run Oz" custa US$ 2.
O custo maior para se jogar com uma personagem mulher pode ser explicado pela "Women’s Tax", ou "imposto feminino", cuja proposta é cobrar um valor mais caro para produtos dedicados à elas, uma taxa cobrada pelo simples fato de elas serem mulheres. Por exemplo: um mesmo perfume com versões para homens e mulheres geralmente custará mais caro na versão feminina.
E por quê? Desenvolvedores dizem que materiais usados na produção dos produtos femininos são mais caros ou delicados e por isso se reflete no preço dos produtos, mas isso nunca foi comprovado. Este vídeo explica muito bem o que é a "Women’s Tax".
Este "imposto" se encaixa muito bem no estudo de Maddie e ele não é novo na indústria dos jogos. Ano passado a Ubisoft alegou não inserir personagens mulheres no modo online de Assassin’s Creed Unity por que seria trabalho dobrado animar estas personagens.
Alguns números que Maddie contabilizou:
- 18% dos jogos continham personagens de gênero não identificado (baseados em vegetais e animais, por exemplo)
- 98% dos jogos ofereciam personagens masculinos
- 46% dos jogos ofereciam personagens femininos
- 90% dos jogos ofereciam personagens masculinos de graça
- 15% dos jogos ofereciam personagens femininos de graça
São valores chocantes, especialmente quando se leva em consideração que 60% dos jogadores de Temple Run, um jogo extremamente popular, são mulheres. Maddie se aprofundou na pesquisa e determinou que, em média, é cobrado US$ 7.53 para jogar com uma personagem feminina — 29 vezes mais caro que a média do preço dos apps, determinada em US$ 0,26 por Maddie.
Com os dados em mãos, ela escreveu ao The Washington Post e se surpreendeu quando o veículo publicou a história. Mas mais surpreendente ainda é que os próprios criadores de Temple Run leram a história. Natalia Luckyanova, uma das criadoras do jogo, disse à NPR que sentiu vergonha ao ler o texto de Maddie. Ela explica que demais personagens são cobrados porque o jogo já é de graça
Ela e o marido, também criador de Temple Run, escreveram à Maddie dizendo que a garota estava certa e em breve uma personagem mulher estará disponível de graça no jogo. A Disney também leu o texto e a personagem Elza se tornou grátis. Uma companhia, no entanto, foi além e transformou Maddie em uma personagem do jogo Noodles Now. [NPR, Polygon]
BoneCritical 19 Abr, 2015 16:40 2
Daianelm 19 Abr, 2015 11:24 0
Gaúcho Transão 18 Abr, 2015 01:12 0
Seus 60 % são baseados em qual pesquisa ? Na pesquisa do seu achismo suponho,não fale bobagem meu rapaz, vc não sabe de nada inocente...
darknobre 18 Abr, 2015 00:25 0
60% dos jogadores deste gênero são do sexo feminino. Sua teoria não vale nada com base neste dado.
alissongnm 17 Abr, 2015 23:32 0
Gaúcho Transão 17 Abr, 2015 21:20 -9
shin_akuma-brz 17 Abr, 2015 21:02 -4
quer aparecer, ande pelada com uma melancia
na cabeça e tá tudo certo.
xandjam 17 Abr, 2015 19:08 4
Vendo seu comentario, já da pra sacar qual é o seu tipo de pensamento. Então não vou nem argumentar, pq não vai adiantar muita coisa.
Agora só dizendo, são caras como vc que afastam as minas dos jogos online.
xandjam 17 Abr, 2015 19:00 3
Aí vc vê uma molecada falando que o sonho dele é casar com uma garota que joga, arrumar uma namorada que gosta dessas coisas tb etc, mas ai depois vê o comportamento dele quando se depara com alguma mina online, e começa a entender o pq disso.
Eu sei muito bem do que estou falando, pois tenho uma irmã mais nova que é bem viciadinha em games, e que gosta dessas coisas, filmes, séries, games etc... As vezes eu jogo junto com ela e sempre estou ligado nessas paradas.
A midia desse tipo de entretenimento ja percebeu isso (que o mercado precissa chamar mais a atençaõ de garotas). Agora os usuarios, que somos nós, tb temos que percebe.
vladslav 17 Abr, 2015 18:42 -4
amandinha_pediatra 17 Abr, 2015 13:40 -10
Karlosrdc 17 Abr, 2015 12:14 -9