Pior empresa? Nunca mais: a redenção da Eletronic Arts
A EA Games passou por anos problemáticos com a sua imagem perante aos gamers de todo o mundo. Em 2013, a companhia venceu o prêmio de pior empresa dos EUA, organizada pelo Consumerist, pelo segundo ano consecutivo (em 2012, também havia levado o prêmio).Durante o periodo, ela passou por sérios problemas com um de seus games mais conceituados, o SimCity e, antes disso, já havia sido criticada ferozmente por uma declaração do diretor financeiro Blake Jorgensen, que havia dito que a próxima tendência em jogos seria a de micro transações para aumentar o poder dos personagens ou comprar novos itens e que os jogadores gostavam desse modelo. Depois, ele veio a público tentar explicar que estava se referindo aos títulos free-to-play.
Contudo, a E3 de 2015 parece ter dado esperanças à empresa de deixar esse passado sombrio exatamente onde ele deve ficar: para trás. Com um line-up que contou com games fortíssimos, como Star Wars: Battlefront, Mass Effect: Andromeda, Mirror’s Edge Catalyst, Need for Speed e FIFA 16, a EA quer voltar aos corações dos gamers.
"Players First"
"Somos uma grande empresa, e eu gosto de lembrar de um ditado que diz ‘as maiores árvores são as que tomam mais vento’. As coisas nos últimos anos fizeram com que os jogadores tivessem algum ressentimento, às vezes com razão e às vezes não, mas nessa hora devemos olhar no espelho e nos perguntarmos: ‘o que podemos fazer de diferente para permitir alguma mudança?’", afirmou Peter Moore, COO da Eletronic Arts, em entrevista à MCV.
Moore explica que após o bicampeonato da empresa (como a pior dos EUA), a EA tomou um mantra que é usando em todas as reuniões: "is that players first?", que em uma tradução livre significaria algo do tipo "Isso é prioridade para os jogadores?"
"Nós temos que tomar centenas de decisões sobre conteúdo, fluidez e experiências de usuários, mas também somos um negócio, temos que fazer dinheiro para pagar os nossos funcionários e continuarmos existindo. Contudo, ultimamente temos tentado descobrir como fazer isso pensando principalmente no nosso novo mantra. E gostamos de imaginar que agora vocês estão vendo os frutos disso", afirmou o executivo.
O "Players First" não é um conceito original, na realidade esse "mantra" da EA pode ser considerado uma derivação primitiva do bom e velho "o cliente sempre tem razão". Entretanto, a companhia parece estar levando muito a sério essa questão de ganhar o coração dos gamers.
Que a força esteja com a EA
Vamos pegar o Star Wars. A EA poderia ter feito um game baseado no novo filme da franquia "O Despertar da Força", para tentar absorver o sucesso. Porém, ao invés disso, a companhia resolveu chamar a DICE e refazer um dos seus jogos com o maior número de fãs: Star Wars Battlefront, um pedido antigo de muitos adoradores de jogos e da saga de George Lucas.
Até agora, só foram feitas menções do novo longa na produção do game. Isso é um contraste do que aconteceu quando trilogia mais recente de Star Wars foi lançada, lembram-se? Em 1999, na época da "A Ameaça Fantasma", houve uma enxurrada de games diretamente ligadas ao filme, todos com uma qualidade bem duvidosa.
"Nós não fazemos mais isso", diz Moore. "Somos um meio superior, temos a possibilidade de contar uma história de um modo muito melhor do que qualquer filme. Temos um grande orgulho de poder realizar a vontade de muitas pessoas de participar de Star Wars. Quando começamos nessa indústria éramos inferiores ao cinema e acreditávamos que os jogos deveriam se construir exatamente no que era o filme para ser um sucesso. Esse não é mais o caso, hoje os games podem contar suas próprias histórias a partir de algo que um filme oferece.
Mais tempo, menos problemas
Outro ponto que pode mostrar que a EA está tentando se redimir com os jogadores foi a decisão de não lançar um novo Need for Speed no ano passado para dar a chance aos desenvolvedores de criar a melhor experiência possível aos usuários. Essa "melhor experiência" foi demonstrada durante a E3, e realmente, parece que o tempo extra no forno fez o game ficar bem interessante.
O novo Mirror’s Edge também pode ser citado aqui. Apesar de ter uma boa base de fãs, em termos comerciais o jogo foi "apenas bem", segundo Moore. Então, por que fazer uma promoção tão grande durante a maior feira de games do mundo? Para agradar àqueles que foram fiéis ao título, simples assim.
Isso, sem falar da inclusão de times femininos em FIFA 16, não é? Parece que a EA está aprendendo com seus erros do passado e se redimindo com os seus fãs. O que mais queremos é uma indústria justa, que fature a grana que merece, mas sem desrespeitar a vontade daqueles que gastam seu rico dinheirinho para uma boa diversão.
andrefamilia 03 Ago, 2015 22:37 0
voce joga no line br?
manda ally ou horda se for horde add la Alfa Unk
Thesroth 03 Ago, 2015 21:47 -1
Verdade! Principalmente na questões relacionadas o FIFA.
Yria 03 Ago, 2015 17:41 3
xandjam 03 Ago, 2015 17:11 1
Nem é cara... O nome pode soar parecido "publisher = publicar" Mas não bem assim que funciona não... As publishers na verdade são as deselvolvedoras dos jogos, mas que são publicados por grandes empresas como Warner, EA, Sony etc. Ou então são lançados independentemente. Quando um jogo é muito caro pra se produzir, normalmente elas vão recorrer as grandes empresas pra arcar alguns custos.
Muitas publisher que fazem muito sucesso e tem muito lucro acabam se tornando empresas AAA ou grandes empresas, como é o caso da Ubisoft. Não é muito dificil achar informaçoes detalhadas sobre o mercado de games pela internet afora.
BlackTigge 03 Ago, 2015 16:42 1
Lógico que não, porém essas empresas costumam fazer um trabalho de qualidade, mesmo que demorem para lançar jogos, o produto final sempre é bom, e não lançam jogos todo ano só para falar que lançou, demoram mais tempo para fazerem jogos melhores. Diferente da ubisoft por exemplo, que lança assassins creed todo ano, ficando cansativo e insatisfatório jogar.
fabriciojfbatera 03 Ago, 2015 14:37 1
delleon 03 Ago, 2015 13:29 0
Nintendo ganhou desenvolvedora do ano no The Game Awards 2014.
Razi 03 Ago, 2015 13:25 3
Concordo sobre a Sega e a Nintendo, mas no caso da Blizzard hoje em dia ela ta muito mercenária. Deixar criar o dota? Dota e o estilo MOBA nunca foram dela, até q tiveram q recriar nomes e aparências dos heros, pq ela fechou a porta na cara dos desenvolvedores quando eles queriam fazer um game solo. Não preciso mencionar tbm o pq do nome Motor Racing, né? E pqp, olha pra ver se tem jogo mais mercenário que HOTS e o Hearthstone, onde vc tem q pagar o valor de vários games AAA para ter a chance de vitória.
buiusemluxo 03 Ago, 2015 12:52 1
publisher e quem publica, e nao quem faz
dan666 03 Ago, 2015 11:47 -1
xandjam 03 Ago, 2015 10:43 -3
Cara vc citou a maioria aí só de Publishers. Uma Publisher é muito diferente de uma grande empresa de games. Normalmente uma Publisher faz o jogo, e uma grande empresa lança o jogo no mercado, arcando com os custos de distribuição, marketing e manutenção do jogo (online, suporte, microtransações etc.). E algumas Publisher que lançam seus jogos sem o suporte de uma grande empresa são consideradas independentes, com seus jogos indies.
E qto maior uma empresa de games vai se tornando, ela vai desenvolvendo suas proprias publishers ou comprando e absorvendo publishers já existentes. Como o caso da grande empresa Sony que é dona da publisher Naughty Dog, ou o caso da grande empresa EA que absorveu publishers DICE e Bioware do mercado.
JeffBlack 03 Ago, 2015 08:43 3
Esqueceram de avisar pra ele colocar uma história em Battlefront então,aja visto que o game não terá campanha...
E não acredito que a EA está melhorando...só o exemplo da "Battlefieldtização" que fizeram com a ótima franquia de SW é uma amostra da pasteurização que ela faz com seus próprios jogos...
Como Mass Effect tbm,que começou como um ótimo RPG com elementos de shooter,para no fim virar um shooter com pouquíssimos elementos de RPG...
Eu adoro games de tiro,como a própria série Battlefield,CoD e etc...mas sou totalmente contrário à alterar o que dava identidade a uma franquia,em prol de uma tentativa de massificação de público...
E alguém lembra de Dead Space 3? :P