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10 motivos pelos quais os filmes de heróis não sairão de moda!

Recentemente, tem-se criado toda uma polêmica no premeditado "fim dos filmes de quadrinhos". Com diretores e celebridades falando o que acham disso, é interessante notar os vários aspectos que nos fazem pensar nessa questão. Afinal, eles vão acabar ou não?

Nos últimos meses, Steven Spielberg fez uma declaração anunciando que achava que os filmes de quadrinhos teriam um fim próximo, assim como o western (gênero americano que contava histórias situadas no velho oeste). Essa polêmica só aumentou com Zack Snyder achando que isso era possível, mas que lendas sempre sobreviveriam em detrimento dos "gostinhos da semana", como o Homem-Formiga.

Do outro lado, alguns diretores e atores, como Kevin Feige e Sebastian Stan sugeriram que o fim não aconteceria tão brevemente como dito pelos outros. Porém, fica a dúvida no ar. Particularmente, creio que não; e assim irei tentar dar alguns argumentos do porquê:

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Várias histórias para contar

A maior parte do criticismo sobre o fim dos filmes de quadrinhos se dá pela reclamação de termos um leque reduzido de histórias que vem sido continuamente explorado. Por exemplo, muitos falam que uma fórmula específica foi criada e todas as histórias giram em torno disso.

Porém, tendo como base uma mídia rica como os quadrinhos, não falta material adaptável que possa vir para criar novas experiências cinematográficas e até mesmo subverter as fórmulas frequentes de filmes de quadrinhos. Arcos, sagas e material suficiente existe para ser transportado para as telas. E se não for o necessário, ainda podemos confiar na capacidade de um artista de transpor suas novas visões para as telonas.

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Sempre teremos mais coisas pela frente

Zack Snyder foi claro em dizer que "ícones como Batman e Superman" sempre terão espaço, e que por isso, eles sempre farão sucesso. Particularmente, acho que é o contrário. Uma vez que você se apoia em uma marca pré-determinada e passa a sugar tudo dela, ela começa a mostrar sinais de cansaço. E isso independe de editora. Tanto que o maior exemplo disso foi a crescente falta de envolvimento do público com o Homem-Aranha, tendo em vista a bilheteria de seus últimos filmes.

Os quadrinhos, sobretudo, fornecem uma leva constante de personagens e rostos novos que moldam a face dos filmes de heróis e podem evoluir com as gerações. Nos Universos Cinematográficos da Marvel e da DC, podemos ver que a crescente busca pelo novo tem sido frutífera... e continuará, desde que saibamos respeitar aos clássicos, mas abrir sempre espaço para o novo.

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Avanços tecnológicos e a busca pelo futurista

Se analisarmos bem as questões levantadas por Steven Spielberg ao comparar os filmes de western com as adaptações de quadrinhos, iremos achar um lado plausível e outro que pode ser facilmente desmascarado. A verdade é que o cinema sempre foi uma diversão para as massas. Isso está na origem da expressão artística, desde sua época nos vaudevilles como mero entretenimento popular. E por conta disso, sempre há uma busca pelo fantástico e inexplorado.

Grande parte do que explica a diferença entre o western e os filmes de quadrinhos está no avanço tecnológico e na busca do futurismo. As inovações nos efeitos visuais sempre serão um atrativo, e uma forma maior de trazer público para o cinema. Além disso, vivemos numa sociedade que procura se relacionar com o que vê, de modo que um filme no presente ou no futuro chama mais atenção (vide bilheteria) do que grandes obras situadas em um período temporal específico. O western por sua vez, é refém dessas duas coisas, por não abrir um grande espaço para que os avanços tecnológicos envolvam o público e por ser refém de uma época e de um lugar específicos, que não dialoga com o mundo em sua totalidade atualmente.

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Cinema catártico

Uma consequência paralela do item anterior, lembramos que os filmes de super-heróis tem toda uma função de catarse, um fenômeno filosófico, psicológico e sociológico. Trata-se do modo pelo qual o público vai ao cinema apenas para esquecer de seus problemas e se entregar a uma fantasia. Por vezes, você se sente imerso na história e esquece da vida ao redor, e isso é o exemplo máximo de catarse. Porém, quando você insere uma espécie de ligação do público com os personagens, isso é ainda mais efetivo.

Basicamente, ao dar uma forma a um homem ou mulher normal, conferir-lhe poder e um papel de absoluta importância, você também empodera e dá importância ao público que se conecta e relaciona com esses personagens. Por essa razão, é mais comum que filmes de heróis, aventuras épicas, ficção científica e outros "guarda-chuvas narrativos" sejam mais passíveis de aceitação do público através da história do que um gênero específico que dialogue unicamente com um público refém de um grupo histórico específico.

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Sempre tivemos

Falando nisso... não sei qual é a necessidade de termos medo de filmes de heróis dominando tudo... quando eles SEMPRE dominaram. A realidade é que, desde sempre, super-heróis foram adaptados no cinema. A simples criação de um ser especial, com ou sem poderes, que seja incumbido de uma tarefa especial sempre fez parte de artes narrativas, como a literatura, o teatro e o cinema. Qual é a diferença entre um policial especial que enfrenta um bandido maníaco e salva a mocinha de um Batman? Qual a diferença do alienígena de O Dia em Que a Terra Parou para o Superman?

O que mais se condena, contudo, ainda que de forma quase irracional, são os filmes baseados em quadrinhos. Esses sim, surgiram há pouco tempo... mas não tão pouco assim. Afinal de contas, se analisarmos bem, já tínhamos episódios seriados do Capitão América nos cinemas desde a década de 40. E depois disso, vimos a ascensão do Superman e do Batman, e depois, dos X-Men e do Homem-Aranha. E cá estamos nós, no meio da explosão de diversos meios de entretenimento voltado aos quadrinhos... porém, filmes de heróis sempre existiram. Mas isso quer dizer que os filmes de quadrinhos estarão em extinção? Bem...

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Filmes de quadrinhos =/= Filmes de heróis

Chegamos a um ponto em que é necessário dizer: nem todo filme inspirado em quadrinhos é sobre super-heróis. Afirmação meio óbvia, não é? Talvez. A realidade é que muita gente ainda vê filmes de super-heróis como os únicos representantes das adaptações de quadrinhos no cinema, e fecha os olhos para o fato de que grandes sucessos também saíram daqui.

Exemplos recentes incluem "Sin City", "Expresso do Amanhã", "Azul é a Cor Mais Quente", "300" e "Persepolis", e todos eles são sobre coisas que fogem do âmbito dos super-heróis que estamos acostumados.

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Receptividade

Na reta final, vale salientar três pontos importantes: o status do filme baseado em quadrinhos, a sua versatilidade e a forma com a qual ele é recebido pelo público. Começando pela última, temos uma breve visão de que os super-heróis extrapolam o cinema, de modo geral, e por isso, são importantes ícones na cultura pop de modo geral. Ainda que o Homem-Aranha não tenha lucrado tanto em seu último filme, demonstrando uma POSSÍVEL queda na importância do público pelo personagem, não deixamos de ver o Aranha como um ícone, e nem as pessoas assim o fazem.

Então, na realidade, o que se busca é uma forma mais ampla de criação e de histórias que possam ser contadas. Uma forma pela qual o público possa sempre estar interessado nos super-heróis e isso é visto nesses filmes. Ou pode ser, a partir de sua...

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Versatilidade e variedade

Tudo bem que, desde 2008, a Marvel dominou o mercado de super-heróis, ainda que a DC tenha dado as caras com "O Cavaleiro das Trevas", "O Cavaleiro das Trevas Ressurge" e "Homem de Aço", e de certa forma, os filmes de seu Universo Cinematográfica sigam uma linha muito parecida e formular. Porém, como já vimos e veremos num futuro não muito distante, há uma variedade e uma singularidade em cada uma dessas produções, o que impossibilita um desgaste dessa fórmula.

A exemplo, se você analisar os filmes da Marvel Studios, verá que todos eles seguem uma tendência mais familiar, enquanto os do Universo Estendido da DC já optam por um caminho um pouco mais denso. A Fox, por sua vez, está apostando em um longa para maiores de 18 anos com "Deadpool", e seu Universo dos X-Men parece se apoiar numa reconstrução histórica com uma pegada um pouco mais voltada para os personagens. E grande parte disso se deve a uma característica exclusiva dos filmes de quadrinhos que as pessoas equivocam com outra.

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Filme de super-herói não é gênero

Vamos estabelecer uma coisa clara: filmes de super-heróis não compõem um gênero específico. Fim. Assim como a fantasia e a ficção científica, esse é um "estilo guarda-chuva" que funciona como uma planície narrativa onde vários gêneros podem ser trabalhados. Por exemplo, podemos ter um drama, uma aventura, uma ação ou um terror (gêneros) envolvendo super-heróis, ficção científica ou fantasia (planície narrativa). Muitos se referem aos heróis como gênero, e usam isso em comparação e aproximação com os western. Pelo motivo explicitado, não podemos confundir uma coisa com a outra.

Essa imagem é o melhor exemplo disso e podemos abstrair algo simples dele: Esses são os Vingadores, e dentre eles, quatro já possuíram filmes-solo. O Homem de Ferro é um personagem de filmes de ação, bem como o Hulk. O Thor foi personagem principal em um longa de aventura fantástica e outro de aventura sci-fi. O Capitão América, por sua vez, estrelou um filme de guerra e um thriller político. Se o Gavião Arqueiro e a Viúva Negra tivessem filmes solo, provavelmente seriam filmes de espionagem. Portanto, não podemos dizer que o "estilo guarda-chuva" ou macrogênero de super-heróis irá se acabar tão cedo por possuir a mesma linha narrativa, porque ele pode cruzar com outros gêneros menores (incluindo o western, ou ninguém viu "Jonah Hex"?

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O que pode dar errado...

Porém, isso não quer dizer que tudo são flores. Há maneiras pelas quais uma determinada fórmula para filmes de heróis pode acabar falhando, e demonstrando sinais de cansaço. Um tipo específico de história pode, com o tempo, se tornar massante e desinteressante para o público. Por exemplo, eu, pessoalmente, já não aguento mais filmes de origem. Pra mim, todos são iguais (herói descobre seu poder, ameaça surge, herói derrota ameaça, fica com a mocinha no final e parte para uma aventura maior). Porém, isso não quer dizer que os filmes de herói num todo possam vir a falhar. Mas que talvez, hipoteticamente falando, um dia os filmes de origem cansem o público.

Outros problemas que podem acabar desgastando suas franquias específicas são o uso repetitivo de personagens unidimensionais e sem profundidade e clichês que não apresentem mudanças entre si (o herói, a donzela em perigo, o vilão megalomaníaco, o ajudante desastrado). Ou até mesmo um erro mais gritante: a tentativa de fazer tudo igual - por isso a imagem, e não apenas uma dose de hate contra o filme.

Se analisarmos o filme em questão, "Quarteto Fantástico", seu diretor possuía uma visão para algo novo, e o estúdio, pressionado pelos fãs, acabou colocando seu dedo no trabalho do artista para criar algo que fosse facilmente identificado como um filme de super-herói. Nesse caso, temos um problema, pois ao uniformizar os filmes do estilo, você acaba conferindo a eles uma espécie de anonimato, pois todos parecem iguais. E isso sim é prejudicial.

Mas e você, o que acha? Os filmes de super-herói têm data de validade ou são produtos não-perecíveis? Deixe nos comentários, vamos tentar criar um debate amigável sobre o assunto!

Fonte: Legiaodosherois/Uol

Comentários

05 Out, 2015 - 14:18

Comentários

xandjam 05 Out, 2015 20:40 0

"Se analisarmos o filme em questão, "Quarteto Fantástico", seu diretor possuía uma visão para algo novo, e o estúdio, pressionado pelos fãs, acabou colocando seu dedo no trabalho do artista para criar algo que fosse facilmente identificado como um filme de super-herói. Nesse caso, temos um problema, pois ao uniformizar os filmes do estilo, você acaba conferindo a eles uma espécie de anonimato, pois todos parecem iguais. E isso sim é prejudicial".

Esse cara que escreveu esse texto comprou essa historinha que o Josh Trank (diretor do 4F novo) contou no twitter? Deve ter comprado.

O filme começo todo errado, não tinha como não dar errado... E o Diretor contribuiu para o fracassso tb, não só o estudio.

The-Doors 05 Out, 2015 19:28 0

O que eu mais concordo é com relação ao genero, é só pegar de exemplo a serie do Demolidor que está muito mais proximo de serie policial do que de fantasia como um filme do Thor por exemplo, o justiceiro pode ter uma pega estilo a trilogia Bourne, um filme da viuva negra com tema de espionagem, existem infinitas possibilidades é só eles saberem aproveitar a infinidade de heróis que existem.

iGhosthy 05 Out, 2015 14:45 0

Motivo principal: Dá dando lucro pras produtoras.